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Amigos, Irmãos

Há pessoas que fazem a diferença na vida da gente. São fiéis nas ideias, no respeito, na consideração, nos momentos difíceis.  Surgem como do nada, pelo movimento circunstancial do tempo, de diferentes maneiras. Temos os que nos são mais próximos, os parentes, os familiares, que em geral, por afeto, amor e simples presença, nos comprazem com o apoio na caminhada, na alegria e na tristeza. Mas há pessoas que não fazem parte de nosso grupo familiar. São aqueles a quem temos como amigos.

Os amigos são como irmãos. Sem pestanejar, se colocam diante de nós solidariamente diante das aflições e sofrimentos. Estendem a mão e não medem esforços para nos ajudar. Se pudéssemos, teríamos todos eles ao nosso lado, todos os momentos da vida, para ter com quem falar de igual para igual, sobre as angústias que nos atormentam.

Felizmente, tenho um grupo seleto de amigos verdadeiros. Um deles, em especial, marcou minha existência faz treze anos, pelo simples fato de ter transformado uma relação de professor e aluno em outra, de irmãos de fé, irmãos de verdade. Participei de momentos importantes de sua caminhada como acadêmico e pesquisador e ele, sempre correspondendo além das expectativas de nossa amizade, me ensinou muitas coisas que me fazem pensar no quanto é maravilhoso ser professor. Especialmente por esta razão simples, de construir amizades duradouras e verdadeiras.

Nunca haverá desconfianças, questionamentos, desrespeitos, entre amigos. A cumplicidade, o prazer em partilhar momentos, a liberdade de falar o que vier à cabeça sem medo, marcam as relações de amizade. Haverá momentos, como este que me compele a escrever estas linhas, em que a necessidade de agradecimento e o apoio público à dor de um amigo se faz uma obrigação.

Uma maneira de, não estando presente, estar ao mesmo tempo. Para amigos especiais, como o meu querido irmão Sidnei Ferreira de Vares, desejamos sempre que a presença do inefável, da consolação e da paz interior, sejam reinos de bem estar. Nunca poderei retribuir à altura todos os bens materiais e psicológicos que me proporcionou em momentos de dificuldade. A única coisa que posso fazer é me fazer presente, nas caminhadas deste plano, física e fraternalmente, mesmo que distante alguns quilômetros. A quem muito me proporcionou, devolvo um pouco, em palavras, do pouco que posso retribuir sem presença física.

Sobre José Renato Polli

Editor responsável

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