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Mando Meu Afeto

Lindo seu rosto. Não tive o prazer em conhecê-la. Seu semblante parece-me de alguém com espírito leve e superior. Pena não ter sido seu professor e conviver com você. Afinal trabalhei em sua escola durante quase duas décadas. Foram dias muito felizes para mim, apesar dos dissabores naturais da vida. O que mais me encantava, sobretudo na fase em que fui um dos diretores, era a conversa com a criançada. Eles e elas me enchiam de esperança.

Amor e afeto não faltam nos bons educadores. Meu mestre dizia que não há como separar o que aprendemos da escola de uma relação amorosa plena entre as pessoas, todas as pessoas, dos funcionários aos professores, dos alunos e pais aos gestores. E certamente você amou e foi amada por todos. O amor é o único bem que pode sustentar uma vida, mesmo uma vida em outra forma, como a que você assumiu agora. Suspeito que eu ficaria orgulhoso de ter conhecido você. As demonstrações de carinho de seus amigos, professores e de todas as pessoas da sua escola comprovam que você é alguém especial.

Um minuto de tempo a mais, para nós que somos necessitados de contato humano, parecerá sempre uma eternidade. Mas o tempo se transforma e o que era físico se torna espiritual e perene. Como costumo dizer, e creio que você agora entende mais do que eu essa realidade, há uma força da bondade universal que circula pelo cosmo e sustenta toda a existência, física ou não física. A ausência de evidência não é evidência de ausência, dizia um grande mestre da astronomia. Nas partículas de Deus, recentemente tornadas teoria, certamente estão contidas fagulhas de seu ser.
Rimos quando devemos rir e choramos quando devemos chorar. A vida é feita de alegrias e tristezas, sofrimentos e felicidades.

Sobre José Renato Polli

Editor responsável

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